000 01373cam a2200217 4500
001 1620
010 _a9722114697
090 _a1620
100 _a20030314d2002 m y0pory50030103ba
200 1 _aO assobiador
_eseguido de uma troca de cartas entre o autor e Ana Paula Tavares
_enovela
_fOndjaki
205 _a2ª ed.
210 9 _aLisboa
_cCaminho
_d2002
215 _a117 p.
225 2 _aUma terra sem amos
_v124
330 _aA infinitude do alcance daquele assobio resultava, certamente, de um também enorme conhecimento metafísico da arte de assobiar, que mexesse não só com o ouvido das pessoas, mas alcançasse, de modo incisivo, a profundidade das suas almas, o recôndito canto onde cada um escondia as suas coisas - essa assustadora gruta a que muitos chamam âmago do ser. As pessoas boquiabertavam-se, incapazes dos mínimos movimentos, comentários, vivências conscientes. Num tom menos exaltado mas com a mesma capacidade hipnotizante, cada um naquela praça sentiu uma mão invisível e assobiada entrar-lhe pela boca adentro, arranhando a garganta da alma, revolvendo as mais delicadas vísceras do passado. Em verdade, era um momento quase bruto, delicadamente bruto
606 _911
_aLiteratura de Expressão Portuguesa
675 _a821.134.3
_vPT
_zpor
700 _aOndjaki
_91360
801 _aPT
_bBMVN
_gRPC
830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS