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200 _aA ponte
_fMaria Isabel Barreno
205 _a2ª ed
210 _aLisboa
_cPublicações Dom Quixote
_d2004
215 _a169 p.
330 _a«O homem atirado ao chão, espancado, algemado. Primeiro houvera a fila negra da polícia, de um lado, junto às portagens, e do outro a multidão, os carros parados. O homem ali estivera como tantos outros, porém mais visível. Não por estar na frente. Quieto, calado, direito; com uma dignidade sem distracções. Uma presença filosófica. Os polícias avançaram e escolheram-no. Ele atraía-os, era inevitável. A atração fatal subiu das funduras reptilianas do cérebro dos polícias, como um monstro do fundo dum lago. Juntaram-se três ou quatro à volta do homem, espancando-o. O homem não esboçava o menor gesto de fuga ou de defesa. Um pequeno grupo cumprindo um ritual, rodeado pelas corridas desatinadas dos outros, homens e polícias iguais a baratas tontas.» O romance parte de uma situação de "fait-divers" (um homem morto durante manifestações na Ponte 25 de Abril) para nela simbolizar situações de imolação e exorcismo que identificariam a geração de sessenta e a geração de noventa; e o símbolo da ponte, sublinha a incomunicabilidade entre os seres («nenhuma ponte se estende entre ilhas deste arquipélago que somos») tanto como a dificuldade de ligação entre o objecto e a palavra
606 _915
_aLiteratura Portuguesa
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_aBarreno
_bMaria Isabel
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830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS