000 | 01756nam 22002053 4500 | ||
---|---|---|---|
001 | 251 | ||
010 | _a9789722020008 | ||
090 | _a251 | ||
100 | _a20220510d u||y0frey50 ba | ||
200 |
_aA ponte _fMaria Isabel Barreno |
||
205 | _a2ª ed | ||
210 |
_aLisboa _cPublicações Dom Quixote _d2004 |
||
215 | _a169 p. | ||
330 | _a«O homem atirado ao chão, espancado, algemado. Primeiro houvera a fila negra da polícia, de um lado, junto às portagens, e do outro a multidão, os carros parados. O homem ali estivera como tantos outros, porém mais visível. Não por estar na frente. Quieto, calado, direito; com uma dignidade sem distracções. Uma presença filosófica. Os polícias avançaram e escolheram-no. Ele atraía-os, era inevitável. A atração fatal subiu das funduras reptilianas do cérebro dos polícias, como um monstro do fundo dum lago. Juntaram-se três ou quatro à volta do homem, espancando-o. O homem não esboçava o menor gesto de fuga ou de defesa. Um pequeno grupo cumprindo um ritual, rodeado pelas corridas desatinadas dos outros, homens e polícias iguais a baratas tontas.» O romance parte de uma situação de "fait-divers" (um homem morto durante manifestações na Ponte 25 de Abril) para nela simbolizar situações de imolação e exorcismo que identificariam a geração de sessenta e a geração de noventa; e o símbolo da ponte, sublinha a incomunicabilidade entre os seres («nenhuma ponte se estende entre ilhas deste arquipélago que somos») tanto como a dificuldade de ligação entre o objecto e a palavra | ||
606 |
_915 _aLiteratura Portuguesa |
||
675 |
_a821.134.3 _vPT _zpor |
||
700 |
_9241 _aBarreno _bMaria Isabel |
||
801 |
_aPT _bBMVN _gRPC |
||
830 |
_cTânia Croca _d31/12/2021 |
||
990 | _cLIVROS |