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090 _a353
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200 _aTudo o que não escrevi
_eDiário I (1991-1992)
_fEduardo Prado Coelho
210 _aPorto
_cEdições Asa
_d1992
215 _a367 p.
225 _aFinisterra
330 _aLivre. livre dos equilíbrios consensuais a que obrigam a formação universitária ou a rotina do jornalismo cultural. Livre das programações ideológicas que distribuíam com impiedosa cegueira os ocupantes do campo amigo e os do campo adversário. Livre dos condicionalismos que impunham um calão científico ou uma simplificação demagógica. Livre também para poder ser incoerente, contraditório, instável, deambulante, provocador, terno, insidioso, segundo a cadencia emocional das horas e dos dias. Setembro é o teu mês: e de súbito a morte de um amigo, e o insensato desentendimento em que se perderam, suscitou o desejo de uma palavra que recuperasse tudo o que nos surge sob a forma do irreparável e do irreversível – tudo o que não escrevi, afinal. Porque o tempo era mais urgente do que os códigos. Livre também dos códigos e das fórmulas. Entregue apenas ao sabor das palavras – cada página é a página de rosto de um arquivo de afectos. Um rosto. Este é o primeiro dia do resto dos teus livros – disse A., quase em surdina, encostando a porta do quarto. O primeiro dia, sim, claro (concordaste), mas ainda me falta a primeira palavra
606 _915
_aLiteratura Portuguesa
675 _a821.134.3
_vPT
_zpor
700 _9311
_aCoelho
_bEduardo Prado
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830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS