000 01350nam 22001933 4500
001 367
010 _a9789899573840
090 _a367
100 _a20220520d u||y0frey50 ba
200 _aOs trânsfugas
_fAntónio Cal
210 _aLisboa
_cEdições Leitor
_d2009
215 _a139, [3] p.
330 _a Eu e os meus filhos estávamos na sala a acabar de jantar. Um jantar leve. O meu irmão, que vive connosco depois que enviuvou, já a ver o noticiário da televisão. Os desastres habituais. E nisto, ele, que é tão calado, exclama: - Venham cá, venham cá. Olhem para isto! Corremos a sentar-nos ao lado dele. Ali estava o Veiga, tão velho, já completamente calvo, tão alquebrado, mas com a sua antiga voz baixa, firme, embora tremente: - Vim aqui, pessoalmente, à sede de campanha, apoiar o senhor professor, por achar que é a pessoa indicada para presidente do nosso país! Os pêlos das orelhas a saírem, a câmara estreitou o grande plano e mostrou-o sentado, num sofá, as pernas já muito magras, as rótulas furando as calças de um fato completo claro, gravada e colete cinzento. Empalhado. Em fundo, um painel cor de casca de laranja
606 _915
_aLiteratura Portuguesa
675 _a821.134.3
_vPT
_zpor
700 _9326
_aCal
_bAntónio
801 _aPT
_bBMVN
_gRPC
830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS