000 | 01752nam a2200229 4500 | ||
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001 | 371 | ||
010 | _a9789722113625 | ||
090 | _a371 | ||
100 | _a20220523d u||y0frey50 ba | ||
200 |
_aContos vagabundos _fMário de Carvalho |
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210 |
_aLisboa _cEditorial Caminho _d2000 |
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215 | _a156 p. | ||
225 | _aO campo da palavra | ||
330 | _aEu vejo raramente um amigo que é dado à quietação e sofrido de enfados. Trabalha nunca percebi em quê, dizem que negócios sedentários e rendíveis. Ele uma vez tentou explicar-me, mas aborreceu-se a meio, e eu também. Deixámos o bocejo para as calendas. O que nele é mais irritante é aquilo que a ciência popular designa por «saúde mental», défice de atribulações de alma. Volta e meia está casado, ou amigado, volta e meia, não. Tenho de usar de cautela para não lhe trocar o nome das companheiras, mais por elas que por ele. Tem filhos dispersos por idades, em lugares distantes, vai pagando pensões e almoços confirmativos de paternidade, pelas festas apropriadas. Não é feliz, nem infeliz, antes pelo contrário. Conhecemo-nos em miúdos no liceu e encontramo-nos quando calha. Sabe responder a um silêncio com outro silêncio, qualidade sem preço. É possível ler tranquilamente os semanários a seu lado. Numa destas Primaveras chamou-me da sua casa de praia, arribada nuns penhascos oceânicos, ao norte de Santa Rita. Detesto meter-me à estrada, mas ele insistiu: Tinha uma coisa para me mostrar. Valia a pena? Sim | ||
606 |
_915 _aLiteratura Portuguesa |
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606 |
_9110 _aContos |
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675 |
_a821.134.3 _vPT _zpor |
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675 |
_a82-34 _vPT _zpor |
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700 |
_9302 _aCarvalho _bMário de |
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801 |
_aPT _bBMVN _gRPC |
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830 |
_cTânia Croca _d31/12/2021 |
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990 | _cLIVROS |