000 | 02512nam a2200229 4500 | ||
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001 | 4514 | ||
021 | _b12505/86 | ||
090 | _a4514 | ||
100 | _a20211231d1986 k y0pory5003 ba | ||
200 | 1 |
_aGaspar, Belchior & Baltasar _fMichel Tournier _gtrad. Virgílio Martinho |
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205 | _a2ª ed. | ||
210 |
_aLisboa _cDom Quixote _d1986 |
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215 | _a233 p. | ||
225 | 2 |
_aFicção universal _v1 |
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330 | _aO episódio dos Reis Magos, e a homenagem nele implícita que povos longínquos e pagãos assim prestaram àquele que, na tradição judeu-cristã, veio para salvar o mundo, tem exercido desde há dois mil anos um inegável e misterioso fascínio. Quem eram esses homens que haviam deixado os seus reinos, os seus palácios e a sua gente, para seguirem, o cometa que os levaria até Belém? Os Evangelhos quase os não mencionam, e quer a História quer a lenda são por isso avaras de informações a seu respeito. Michel Tournier decidiu preencher esse vazio. Cada um dos Magos conta a sua própria odisseia, diz-nos das motivações que o levaram a empreender a viagem: Gaspar, o rei negro, sofrera um desgosto de amor; Belchior fora expulso do trono por um golpe de Estado e tivera de fugir para salvar a vida; Baltazar buscava a reabilitação das imagens, votadas à destruição pela fanática ortodoxia do seu clero. E Taor… Porque, é claro, havia Taor – o quarto Rei Mago, aquele que desde sempre estivera destinado a faltar ao encontro de Belém para se tornar, após S. João Baptista, o primeiro mártir do Cristianismo. Taor que, acaso juntamento com Herodes – mas pelas razões inversas –, é a mais comovente figura desta obra de Michael Tournier, possivelmente a única a haver colhido a totalidade da mensagem cristã. Mas o facto de esta verdadeira recriação mítica das fontes da espiritualidade ocidental atingir os seus pontos culminantes ao tratar do mais cruel e do mais fútil dos personagens que por ela perpassam, de um Herodes desesperado e traído por todos e por um Taor que apenas partira em busca de uma guloseima, talvez tenha que ver com a própria essência daquela espiritualidade que, no Ocidente, nos tem sempre lançado a sua interrogação entre os dois limiares da violência e da treva do superficial império dos sentidos | ||
606 |
_913 _aLiteratura Estrangeira |
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675 |
_a821.1/.8 _vBN _zpor |
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700 |
_aTournier _bMichel _94217 _f1924-2016 |
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702 |
_aMartinho _bVirgílio _9516 |
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801 | 0 |
_aPT _bBMVN _gRPC |
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830 |
_cTânia Croca _d31/12/2021 |
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990 | _cLIVROS |