000 | 01561cam a2200217 04500 | ||
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001 | 458 | ||
010 | _a9722509713 | ||
090 | _a458 | ||
100 | _a19970927d1996 m y0pory5003 ba | ||
200 | 1 |
_aCartas a Sandra _fVergílio Ferreira |
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205 | _a3ª ed. | ||
210 |
_aVenda Nova _cBertrand Editora _d1996 |
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215 | _a154, [1] p. | ||
225 | _aObras de Vergílio Ferreira | ||
330 | _aComo poderia eu ter imaginação para te reconstituir na solida delicadeza da tua fragilidade? Sandra. O amor e a morte inserem-se um no outro, deves saber. Mas eu sobrevivi e isso é uma condenação. Penso-te e o teu esplendor renasce-me no meu pensar e a minha idade retrai-se quando me apareces. E a eternidade em que se vive, mesmo se a velhice é real, restabelece-me igual a ti que nunca envelheceste. E não me perguntes porque te escrevo, se tudo é vão. Mas há o meu desejo de te fixar na palavra escrita que te diz, para ficares aí com o milagre que puder. É primavera e tudo é nítido no seu ser real. Os campos cobrem-se de relva, as flores despertam da sua hibernação, passa na aragem o perfume da vida, de tudo o que é vivo no mundo. A luz nítida demora-se no cimo dos montes e eu olho-a na sua agonia para um pouco existir no que te digo. Ou no teu nome de que não gostava muito e agora renasce em sonoridade branda quando o penso ou o escrevo ou o digo em voz alta | ||
606 |
_915 _aLiteratura Portuguesa |
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675 |
_a821.134.3 _vPT _zpor |
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700 |
_aFerreira _bVergílio _9355 |
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801 | 0 |
_aPT _bBMVN _gRPC |
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830 |
_cTânia Croca _d31/12/2021 |
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990 | _cLIVROS |