000 01759cam a2200229 04500
001 4619
090 _a4619
100 _a20211231d1989 m y0pory5003 ba
200 1 _aEle e o outro
_fHermen Hesse
_gtrad. Manuela de Sousa Marques ; pref. Delfim Santos
205 _a2ª ed.
210 9 _aLisboa
_cGuimarães
_d1989
215 _a142 p.
304 _aTít. orig.: Klein und Wagner
330 _aKlein apalpou o revólver no bolso do sobretudo. Aquilo, o revólver, também era um instrumento imprescindível ao seu novo papel, à nova máscara e apetrechamento. Como era maçador, no fundo, e horrível, arrastar aquelas coisas consigo, até durante os curtos e envenenados sonos ter que as trazer com ele: um crime, papéis falsos, dinheiro escondido nos forros, o revólver, o nome falso. Tinha um sabor a histórias de salteadores, a dessorado romantismo, e tudo aquilo ficava tão mal a ele, Klein, pobre rapaz! Era nauseante, e nada de respirar livremente, de sentir-se liberto, como tinha esperado. Deus meu, porquê ter chamado tudo aquilo sobre ele, um homem quase nos quarenta, conhecido como honesto funcionário, pacato cidadão e pai de lindas crianças! Porquê? Ele sabia: tinha havido um impulso, um arranco, um ímpeto de tal modo forte que levara um homem como ele ao impossível; e só quando se lembrava disto, quando reconhecia essa força, esse impulso, quando se via em ordem interiormente, só então era possível qualquer coisa como respirar fundo
606 _913
_aLiteratura Estrangeira
675 _a821.1/.8
_vBN
_zpor
700 _aHesse
_bHermann
_f1877-1962
_94485
702 _aSantos
_bDelfim
_f1907-1966
_94486
702 _aMarques
_bManuela de Sousa
_94487
801 0 _aPT
_bBMVN
_gRPC
830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS