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200 1 _aA paz enfurecida
_fAscêncio de Freitas
210 _aLisboa
_cEditorial Caminho
_d2003
215 _a437, [6] p.
225 2 _aO campo da palavra
330 _aOs velhos moçambicanos do futuro começarão assim esta história: «Sabem quando foi?... Foi no tempo da paz enfurecida. No tempo da guerra e da fome, em que vestíamos ventos de medo e dormíamos no frio da terra dura e seca. O tempo da dor feita revolta, confusão e sacrifício. O tempo das mortes injustas e inúteis. Já sabem, portanto, quando foi. Tudo aconteceu quando a nossa Pátria estava ainda nascendo e os generosos e grandes de espírito deram o seu sangue para que hoje possamos viver felizes. Por isso, se eles nos deram o seu sangue, nós devemos retribuir-lhes com a simples glória de os lembrar.» Neste seu último romance, Ascêncio de Freitas apresenta-nos um sentido e trágico contraponto entre a generosidade e o egoísmo, entre a alegria e a dor, entre o amor fraterno e a traição, entre o preconceito racista e o oportunismo, entre o fervor da esperança e a mais amarga desilusão, entre a mesquinha ambição e os mais elevados valores universais do homem – constante pano de fundo de A Paz Enfurecida que se viveu durante os anos da guerra civil em Moçambique. Trata-se de um romance recheado de uma surpreendente riqueza de pormenores históricos, servido pela particular expressividade de narrativa oral africana, onde as constantes interrogações prendem o leitor a uma exigência absoluta de respostas para as mais cruciais dúvidas sobre a generosidade e a humanidade daquele que – pela desmedida da sua insensatez – dizem ter sido feito «à imagem de Deus»
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_aLiteratura Portuguesa
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_d31/12/2021
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