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090 _a480
100 _a20010901d1992 ekmy0pory5003 ba
200 1 _aEstrela polar
_fVergílio Ferreira
205 _a4ª ed.
210 _aLisboa
_cBertrand Editora
_d1992
215 _a318 p., [1] p.
225 _aObras de Vergílio Ferreira
330 _a«Aida está de um lado, eu do outro. Entre os dois uma criança dorme. A noite vela-a com um carinho mais quente do que o nosso. Há uma melodia antiga no ar “dorme, dorme”. Para a criança ou para mim? “Dorme”. Quase bela, a morte. Todos os limites da beleza, do sonho do impossível, toda a perfeição que está para lá de tudo o que foi perfeito – ali, imobilizado, no milagre de um ser, de um espirito anunciado, de um homem que chegara havia pouco. Há o riso, e o teu olhar, e os braços estendidos, e a tua vida tão sem razão… Relembro-os. Estão sobre a minha vida como um ramo de flores colhidas no campo. Dorme. Tanta coisa que não soubeste. Um dia havia de dizer-te. Os teus ouvidos começavam a escutar. Um dia havia de dizer-te que tinha em mim um segredo terrível para ti. Guardá-lo-ias quando eu morresse. Eu morreria e tu ficavas com o segredo. Como uma carta fechada que só então abrisses.»
606 _915
_aLiteratura Portuguesa
675 _a821.134.3
_vPT
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700 _aFerreira
_bVergílio
_9355
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830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS