000 | 01750cam a2200229 04500 | ||
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001 | 489 | ||
010 | _a9722502662 | ||
090 | _a489 | ||
100 | _a20010901d1991 km y0pory5003 ba | ||
200 | 1 |
_aMudança _fVergílio Ferreira _gpref. Eduardo Lourenço |
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205 | _a5ª ed | ||
210 |
_aVenda Nova _cBertrand Editora _d1991 |
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215 | _a263, [1] p. | ||
225 | _aObras de Vergílio Ferreira | ||
330 | _aSó. De fora, vinham remotos ruídos, como a vibração da franja de um sonho ou de febre. Na ponta do seu olhar cansado, Bruno via a vida rolar ligeira, inconsciente, fechada como uma esfera. Homens de face torva abria, navalhas no escuro das algibeiras. Homens desvairados estoiravam no breve instante. Punhais, risos, sonhos, olhos de esperança e de lágrimas, ódio, amor – tudo rolava, largamente, para o silêncio sem tempo. Havia um mistério sombrio num destino assim. Os homens sonhavam-se deuses, porque só um signo de eternidade lhes justificava um passo, uma ideia. Cobertos de ignomínia, de punhos sangrentos, tinham sempre um brado para a distancia ilimitada, um sonho que lhe aureolasse a lepra e o sangue. A morte vinha e cortava-os justamente pelo limite dos eu brado. Trágicos e grandes, desgraçados e magníficos, quando tombavam, enfim, os outros homens cobriam-nos de dó e de pasmo. Um momento, na história, alguns homens acordaram em vida e, doidos, de coragem, mediram-se no seu tamanho. Pedro assim fez. Mas logo viram a sua temeridade, o abismo aberto à frente do seu heroísmo sinistro | ||
606 |
_915 _aLiteratura Portuguesa |
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675 |
_a821.134.3 _vPT _zpor |
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700 | 1 |
_aFerreira, _bVergílio, _9355 |
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702 |
_aLourenço _bEduardo _9402 |
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801 | 0 |
_aPT _bBMVN _gRPC |
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830 |
_cTânia Croca _d31/12/2021 |
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990 | _cLIVROS |