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200 1 _aOs últimos dias da humanidade
_fKarl Kraus
_gtrad. António Sousa Ribeiro
210 9 _aLisboa
_cAntígona
_d2003
215 _a450, [5] p.
304 _aTít. orig.: Die Leitzten Tage der Menschheit
330 _aOs últimos dias da humanidade começou a ser escrito em 1915. A primeira versão da obra veio a lume na revista Die Fackel, em 1918-1919, tendo sido publicada em livro em 1922, numa versão revista e alargada. Esta primeira edição portuguesa apresenta uma selecção de 115 cenas das 209 que constituem o texto original. Ninguém levou tão longe a representação do mal absoluto da guerra. Kraus procurou captar o teatro de guerra como fantasmagoria tecnológica e discursiva. Montagem verbal e montagem cénica desenvolvem-se segundo uma lógica recursiva e centrífuga, capaz de dar ao horror dos actos e das palavras um alcance social panorâmico. A intensidade do pathos satírico e a multiplicação dos quadros dramáticos permitiu-lhe construir uma estética da mais alta indignação. Para o estado de apocalipse a que a humanidade se condenara nem o testemunho do poeta era já possível. Notícias impressas, oratória militar, pregões, cenas de rua, dos corredores do poder e das frentes de batalha alternam num processo de montagem, cuja natureza documental só acentua a miséria da linguagem. Os últimos dias da humanidade mostra de que forma as condições de inteligibilidade do presente produzidas pela imprensa fazem, de facto, parte da ordem da morte que alegadamente descrevem. Ao tornar visível essa ignóbil função de tornar invisível o sofrimento dos seres humanos, Kraus encena o moderno mercado da violência que tornou a humanidade cúmplice do seu próprio extermínio
606 _913
_aLiteratura Estrangeira
675 _a821.1/.8
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_zpor
700 _aKraus
_bKarl
_f1874-1936
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_d31/12/2021
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