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200 1 _aPalhaço de mim mesmo
_fPaulo Mira Coelho
210 9 _aLisboa
_cHugin
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215 _a64 p.
330 _aO acaso não existe. Tudo parece ter um sentido, mesmo quando sentimos não haver razão para que as coisas aconteçam. Não haverá alguma harmonia entre todos os movimentos dos astros, as coisas da natureza... e o homem? Será por isso que existem os sonhos? Eis que numa noite de Verão, o Fausto é visitado pela sua imagem em velho, para que os seus caminhos se abram e ele se redima dos fantasmas e das angústias e dos medos. O Ancião Fausto explica como é que um homem se pode inserir nessa tal harmonia. Fala-lhe do passado, lembra-lhe os erros, as culpas, todas as culpas, de outras vidas, noutros corpos, chamando-lhe a atenção para um simples gesto de bondade, naquele ténue momento onde o sentido da vida fica mais claro. O Fausto resiste ao peso do Ancião, muito embora apenas pelo tempo necessário de sentir o toque da tal harmonia que a natureza põe ao nosso dispor em tudo o que cria. O Ancião fala-lhe com uma clarividência comovedora, com palavras simples e certeiras. Mostra-lhe o exemplo de um palhaço e explica que não há maior beleza do que o sorriso de uma criança. Porque um PALHAÇO é apenas um trapalhão à procura de fazer os outros felizes. É uma alma que nada mais quer do que mostrar o amor pelas coisas simples, através de uma gargalhada franca, um abraço fraterno, ou uma pantomina sobre o ridículo. E o nosso Fausto olha-se como nunca se viu. Os hábitos, os vícios e os medos ficam como símbolos daquilo que ele foi um dia, naquelas horas de sombra que quase acabaram com tudo. Hoje, o Ancião propõe-lhe um recomeço merecido, para que nada neles acabe em trevas! É aí que ele descobre que o Ancião é ele mesmo... em velho. Se o bem-estar interior não for uma conquista no apogeu da vida, de nada servem os lamentos na velhice.
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