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100 _a19890912d1989 m y0pory5003 ba
200 1 _aO cais das merendas
_fLídia Jorge
205 _a4ª ed.
210 _aMem Martins
_cPublicações Europa-América
_d1989
215 _a250, [1] p.
225 2 _aSéculo XX
_v196
330 _aNarrativa de denúncia e de crença, O Cais das Merendas constitui a localidade literária comum onde habitam todos os povos que interrogam o destino da sua memória colectiva. Sem nunca o dizer, a obra sugere que a acção diz respeito a um povo que atinge o limiar do esquecimento de si próprio – um povo de emigrantes e estrangeirados, que procura e ao mesmo tempo perde a sua identidade, que deseja construir o seu cais de ligação com o mundo no mesmo local onde se refugia no repasto, na merenda, no esquecimento. É o símbolo dos que, não sabendo porquê nem como, renegam as suas raízes e se perdem no desencontro, sem que tivessem afinal emigrado… Sebastião Guerreiro é o herói da areia, espécie de galã dos verões, que encontra no contacto fácil com os estrangeiros em lazer e em transito a sua forma de sobreviver sem esforço. É ele quem chama o painel vivo das figuras à Praia das Devícias e a esse sorvedoiro da memoria cultural que é o Hotel Alguergue. Rosária, Valentina Palas, o velho Cipriano, Edmundo Breba… encarregam-se de produzir uma historia onde tudo é simultaneamente actual e irreal. Não será a Praia das Devícias a representação dos nossos limites geográficos? Não estaremos neste Cais festejando Miss Laura, incapazes de resistir aos ventos da aculturação?
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_aLiteratura Portuguesa
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