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100 _a20220701d u||y0frey50 ba
200 _aO mundo em que vivi
_fIlse Losa
205 _a19ª ed.
210 _aPorto
_cEdições Afrontamento
_d1999
215 _a196 p.
225 _aFixões
_v14
330 _aNuma escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento de influencia e vitória dos Nazistas) que por fim a obrigam ao exilio mesmo na iminência de um destino trágico num campo de concentração. Há uma felicíssima imagem simbólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que acaba por estar «mesmo em cima de nós». Assistimos aos rituais judaicos públicos e domésticos, a uma clara atracção alternativa entre a emigração para os E.U. e o sionismo. Fica-se simultaneamente surpreendido pela correspondência e pelas diferenças entre o adolescer e o viver adulto em meios culturais muito diversos, pois há relances de vida religiosa luterana, católica e de agnosticismo à margem da experiencia judaica ortodoxa. Perpassam figuras familiares de recorte nítido: os avos da aldeia, o pai, negociante de cavalos, desfeiteado por anti-semistas e falecido de cancro, os tios progressistas Franz e Maria, o avô Markus, a amorável avozinha Ester (kleine Oma), Paul (o jovem quase namorado que se deixa intimidar pelo ambiente), Kurt (o jovem enamorado assolapado, culto e firme nas suas convicções). A acção é desfiada numa sucessão de fases biográficas progressivamente dramáticas – e nós acabamos por participar afectivamente de um destino ao mesmo tempo muito singular e muito típico, que bem nos poderia ter cabido. Um romance de características únicas na literatura portuguesa – e emocionantemente certeiro
606 _915
_aLiteratura Portuguesa
675 _a821.134.3
_vPT
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_d31/12/2021
990 _cLIVROS