000 02099nam a2200205 4500
001 680
010 _a9728928165
090 _a680
100 _a20070108d2006 m y0pory50030103ba
200 1 _aHá sempre um sonho no enquanto
_fJoaquim Murale
210 _aLisboa
_cEditorial Escritor
_d2006
215 _a109, [4] p.
225 _aLivros e Autores
_v284
330 _aDesde tempos imemoriais, com a extinção das sociedades matriarcas, vencidas pela bestialidade da guerra e da intolerância, a mulher tem sido animal de carga, moeda de troca em negócios entre famílias, escrava nos campos, nas minas e nas fábricas da Revolução Industrial, mão-de-obra barata nos regimes capitalistas de cariz ditatorial ou democrático. A mulher tem visto ainda a sua condição social ser agravada pela circunstancia de ser mãe. Tal facto, ao invés do reconhecimento que lhe deveria ser tributado pela criação e sobrevivência da espécie humana, tem sido fonte de discriminação na família e no mercado de trabalho. Todavia, a insubmissão da mulher perante as condições politicas e sociais que lhe têm sido impostas tem estado na base das alterações legislativas que, gradualmente, lhe vem reconhecendo um papel idêntico ao do homem na construção social. Àquelas mulheres para quem a vida não é apenas um conjunto constituído por sapatos, brincos e broche da mesma cor, que nunca desistiram de poder levantar os olhos e a cabeça, que nunca se acomodaram ao espaço exíguo da sala dos fundos, que nunca abdicaram de sentir e ver por si próprias, que compreendem que a luta não se limita à sua emancipação face ao homem mas fundamentalmente pela imposição do seu lugar ao lado do homem na guerra contra um sistema politico, social e cultural que escraviza multidões, quer seja pela força bruta quer seja pela força ilusória das fantasias assumidas como verdades dogmáticas, é dedicado este livro
606 _915
_aLiteratura Portuguesa
675 _a821.134.3
_vPT
_zpor
700 _aMurale
_bJoaquim
_9540
801 0 _aPT
_bBMVN
_gRPC
830 _cTânia Croca
_d31/12/2021
990 _cLIVROS