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200 1 _aUma casa na escuridão
_fJosé Luís Peixoto
210 _aLisboa
_cTemas e Debates
_d2002
215 _a251 p.
225 _aLusografias
_v8
330 _aA casa vive um mês por ano na escuridão. O escritor está fechado na casa, no seu mundo. A escrita e a mulher amada brotam de um único lugar onírico, luminoso. Na casa vivem também uma mão embrutecida pela dor, uma escrava silenciosa, uma multidão de gatos que se apropria do espaço e dos humanos que o habitam. O mundo fora da casa é um país que vive na impassibilidade das regras estabelecidas, arrastado pela inércia, depurado pelas prisões, embalado pela literatura. Mais eis que chegam os invasores e, com eles, a escuridão absurda da barbárie que aquela civilização já não sabe como encarar nem combater. A casa transforma-se então num asilo de seres mutilados, violados, brutalizados quotidianamente. Mas é também, ainda, um jardim: o jardim de infância dos filhos dos invasores. Amputado na sua capacidade de escrever, sonhar e amar, o escritor é salvo da morte em vida apenas pela força amorosa das crianças, transportado para o absoluto pelo mando unificador da podridão que se abate sobre todos os humanos, invasores e invadidos. Podendo ser lido como como uma magistral alegoria do fim de uma civilização que é, sem dúvida, a nossa ou como uma denúncia, violenta na sua doçura, da barbárie que nos submerge sem que nos demos verdadeiramente conta, Uma Casa Na Escuridão é um romance onde José Luís Peixoto consegue um equilíbrio miraculoso entre o pensamento do negrume que nos ameaça enquanto espécie e o júbilo da ternura que nos resgata e que resgata, sempre, a escrita do autor para um espaço verdadeiramente intocado e novo
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_aLiteratura Portuguesa
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