000 | 01492cam a2200205 4500 | ||
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001 | 957 | ||
010 | _a972610050X | ||
090 | _a957 | ||
100 | _a20000915d1997 m y0pory5003 ba | ||
200 | 1 |
_aNa andadura do tempo _fVítor da Rocha |
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210 |
_aPorto _cCampo das Letras _d1997 |
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215 | _a191 p. | ||
225 | 2 |
_aCampo de estreia _v8 |
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330 | _aAntigamente o tempo não se escoava, antes passava de mão em mão, como a Sagrada Família, de pai para filho e deste para o neto, sempre na mesma ampulheta de trabalhos na terra, de geadas para o lavrador se pôr a pau, de torreiras em Agosto a argamassar os regos secos, de romarias a horas como as baladas das trindades. De modos que o tempo dos antigos era o mesmo dos novos e dos que ainda estavam para vir. Mas a roda das estações electrificou-se e desatou a girar sem pausas nem esperas pelos mais atrasados. Nas águas dos ribeiros e no lavradio caíram químicos e plásticos, o grão foi enferrujando nas arcas e as giestas e estevas são mais que as mães por entre as fragas e os torrões. Aguilhoados pelo colorido falso do ecrã, os novos foram à vida para outras paragens e até os pinhos desertam lentamente do interior, enegrecidos, no bojo das camionetas, iludidos pelos fogos arribados na liberdade de Abril. Restam poucos, calvos e brancos | ||
606 |
_915 _aLiteratura Portuguesa |
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675 |
_a821.134.3 _vPT _zpor |
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700 |
_aRocha _bVítor da _9770 |
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801 |
_aPT _bBMVN _gRPC |
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830 |
_cTânia Croca _d31/12/2021 |
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990 | _cLIVROS |