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021 _b32951/89
090 _a997
100 _a20010204d1989 m y0pory5003 ba
200 1 _aOs outros
_euma história de mistério
_fMartin Amis
_gtrad. Maria do Carmo Costa
_gtrad. João Carlos Costa
210 _aLisboa
_cCotovia
_dcop. 1989
215 _a305, [2] p.
330 _aO romance é dividido por diferentes fases. Mary, a personagem central, acorda num «quarto branco» de um hospital, com amnésia total. Sem identidade e sem familiares, a jovem inicia uma demanda em busca do seu eu. Sem réstia de memória do seu passado, outro «entrave» é detectado pelos médicos: Mary não possui controle sobre as acções corporais, nem conhece o seu próprio corpo. Desconhece a serventia da boca, por exemplo. Assim, diariamente ela se reinventa, se descobrindo. Após alta hospitalar ela cai nas mãos de um gang de vagabundos, e no medo descobre o seu desejo patológico por homens. A sua sobrevivência e retorno à sociedade é basicamente uma história sentimental, de autodescoberta, onde o Bem e o Mal se confundem. Mary vê o mundo de uma perspectiva alienígena, habitando um corpo que talvez não é o seu. Estes são os mistérios metafísicos, que vão acompanhando todo o livro. Uma das analogias na forma como a história é apresentada ao leitor, tem a ver com a ciclicidade temporal inversa. O prólogo e epílogo são a chave para entender o livro. «Esta é uma confissão, uma curta confissão. Eu não queria fazer-lhe o que fiz. Teria realmente preferido outra solução. Mas aqui vai. (…)» (p. 11) «Isto é uma promessa. Eu não lhe vou fazer nada, a não ser que ela queira. (…) Pobre criança! (…) A qualquer momento, vou para a rua. Vejo-a a chegar ao fim do passeio e a hesitar à beira da estrada, olhando para a esquerda e para a direita, pensando para onde ir.» (p. 305) A última parte do livro não é um flashback, mas uma continuação da sequência narrativa. Escrito num estilo kafkiano Os Outros é um romance de mistério existencial, com alusões ao mundo fantástico, surreal. Amis confunde o narrador (omnispresente), personagens e leitor, e faz um retrato sui generis da condição humana. Será que somos quem pensamos? «Existe vida depois da morte? Bem, será que existe? Se existe, deve ser um inferno (se existe, deve ser morta). Se existe, deve ser muito parecida com a vida, porque só na vida existe variedade. Tem que haver muitas versões da morte, para dar resposta a todas as versões da vida. Tem que haver um inferno para cada um de nós, um inferno para mim, um inferno para si. Não acha? E teremos que o suportar sozinhos.» (p. 173) -- https://silenciosquefalam.blogspot.com/2013/03/os-outros-de-martin-amis.html
606 _913
_aLiteratura Estrangeira
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700 _aAmis
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_9822
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