O rei Lear (Registo nº 5540)

Detalhes MARC
000 -Etiqueta do registo
Valores 04453cam a2200265 4500
010 ## - Número ISBN
ISBN 9722114859
021 ## - Número do Depósito Legal
Número 181592/02
100 ## - Dados gerais de processamento
Dados gerais 20211231d2002 m||y0pory5003 ba
200 1# - Titulo e menção de responsabilidade
Título próprio O rei Lear
Primeira menção de responsabilidade William Shakespeare
Outras menções de responsabilidade trad. e notas de Álvaro Cunhal
-- introd. de Luísa de Sousa Rebelo
205 ## - Menção da edição
Edição 4ª ed
210 #9 - Publicação
Nome do editor Caminho
Data de publicação 2002
215 ## - Descrição física 
Paginação / Volumes 269 p.
304 ## - Nota relativa ao título
Texto de nota Tít. orig.: King Lear
330 ## - Sumário ou Resumo
Texto da nota «A versão d' O Rei Lear, que agora se publica, apareceu inicialmente nas «Obras de Shakespeare», editadas em fascículos pela Tipografia Scarpa em Lisboa, que, para o efeito, se assumiu como editora do projecto. [...]<br/><br/>O texto d' O Rei Lear, então publicado, não figura sob o nome do seu verdadeiro tradutor. Não é possível estabelecer se se trata de um pseudónimo ou de alguém que tivesse emprestado o nome para o efeito. Como director literário e organizador da edição, soube sempre quem era o tradutor e entrei no estratagema editorial com pleno conhecimento da situação. Ao leitor menos avisado poderá parecer estranho todo este esquema da dissimulação da autoria da versão portuguesa. A verdade é que o nome do tradutor não se podia revelar na altura. Tratava-se do Dr. Álvaro Cunhal. Sob as condições da ditadura salazarista, que suprimira todas as liberdades políticas e exercia a coerção policial sobre os cidadãos, o seu nome era anátema para o regime. Para mais, o Dr. Álvaro Cunhal encontrava-se na Penitenciária, e tudo quanto a ele se referisse era zelosamente controlado pelas autoridades no sentido de apagar a sua presença. Fica assim esclarecida a questão da autoria da tradução e do 'mistério' que a rodeou.<br/><br/>O texto entregue impunha-se pela sua qualidade literária e conformava-se plenamente com o critério que havíamos adoptado para a publicação das «Obras de Shakespeare». Nele se nota o rigor da expressão e a fidelidade ao original. As subtilezas e complexidades, que se nos deparam no texto inglês, são examinadas nas notas onde se explica e fundamenta a versão adoptada. Por mais de uma vez se pressente nos comentários do tradutor a inclinação para o desenvolvimento dos temas tratados, mas que a natureza do trabalho empreendido exclui à partida. A seriedade, que preside à elaboração do texto, revela uma preparação cuidada para a tarefa da tradução. O tradutor documentou-se convenientemente e reflectiu demoradamente sobre a obra.<br/><br/>A questão do poder e a sua representação nas tábuas de um palco continuam a ter uma importância excepcional no que toca ao seu aspecto dramático. O teatro de Shakespeare, mais do que para ser lido, é para ser visto e ouvido, e o texto tem, por isso, de sugerir uma dimensão visual na alusão semântica que transmite ao leitor/espectador. Esta parábola da arte de reinar e dos afectos, que condicionam ou perturbam a escolha do governante, tem raízes profundas na cultura e no imaginário popular. Frisa o tradutor que este drama 'é admirável exemplo da obra dum grande artista assente no espírito criador do seu povo, da fusão do génio popular.' História bem conhecida e repetidas vezes contada, ela faz parte do repertório intelectual do espectador comum, sendo a sua encenação acessível a um largo público. O perfil psicológico do rei Lear, a sua aposta na sucessão, ao querer dar o reino à filha que mais o amasse, dão sinal de megalomania, que é má conselheira em matéria política. Mas a junção do drama familiar com o problema da governação oferecia ao público uma intimidade que permitia ver de dentro, os chamados bastidores da História, o que este só capta nos seus efeitos exteriores, julgados como consequência política. A sageza na vida e na arte de governar, que se ganha com a experiência, abandona o rei Lear, deixa-o à mercê das paixões, da vaidade pessoal e da egomania, levando à tragédia, cuja magnitude se impõe em toda a sua complexidade na sucessão das cenas que constituem a narrativa do drama. A sintonia entre o tema e as vivências do tradutor é perfeita e revela-se nas páginas da versão portuguesa. [...]»
606 ## - Nome comum usado como assunto
ID Autoridade 1767
Palavra de ordem Arte
606 ## - Nome comum usado como assunto
ID Autoridade 281
Palavra de ordem Teatro
675 ## - CDU
Notação 792
Edição BN
Língua por
700 ## - Autor principal (pessoa individual)
Apelido Shakespeare
Nome William
Datas 1564-1616
ID Autoridade 1003
702 ## - Autor secundário (pessoa individual)
Apelido Cunhal
Nome Álvaro
Datas 1913-2005
ID Autoridade 904
702 ## - Autor secundário (pessoa individual)
Apelido Rebelo
Nome Luísa de Sousa
ID Autoridade 5213
801 ## - Fonte de origem
País PT
Agência BMVN
Regras de catalogação RPC
830 ## - Notas gerais do catalogador
Criado por Inês Silva
Data de criação 31/12/2021
990 ## - Elementos KOHA
Tipo de documento Livro
Exemplares
Situação do levantamento Biblioteca de origem Código de barras Cota Permissão de empréstimo Tipo de documento Forma de aquisição
  Biblioteca Municipal de Vendas Novas 100000028127 TT SHA/REI   Livro  

Powered by Koha