Conselho da Revolução (1975-1982) : uma biografia / David Castaño, Maria Inácia Rezola
Publicação: Lisboa : Edições 70, 2021Descrição: 473 p. : il. ; 24 cmISBN: 9789724422664.Coleção: Extra colecçaoResumo: Criado na sequencia do 11 de Março de 1975, o conselho da Revolução foi um órgão de soberania que desempenhou um papel central na transição revolucionária e, mais tarde, na transição constitucional. Dispondo de amplos poderes (constituintes, militares, fiscalizadores e de aconselhamento do presidente da República), o Conselho da Revolução representou um considerável reforço do papel político do MFA e uma garantia da sua presença na estrutura constitucional revolucionária, assumindo-se como a cúpula do poder cívico-militar. O período de Março de 1975 a Abril de 1976 constitui a sua época áurea, ainda que a sua efetiva capacidade de direção não tenha sido constante. Consagrado como órgão de soberania na Constituição de 19796, o Conselho continuará a deter vastos poderes no período de normalização democrática, garantindo aos militares uma voz ativa nos destinos do país. Como organismo não eleito democraticamente, resguardado por uma legitimidade revolucionária, o Conselho da Revolução é, na prática, a continuação do MFA e simboliza o papel deste no derrube da Ditadura. Contudo, desde cedo se verificaram legitimidades sancionadas constitucionalmente: a legitimidade revolucionária, dos militares; e a legitimidade democrática/leitoral, dos partidos. Este livro descreve e analisa o papel do Conselho da Revolução desde a sua criação, em 1975, até à sua extinção, em 1982. Foram estes os anos que moldaram o regime e garantiram a consolidação da democracia em Portugal, quando finalmente se verificou a subordinação do poder militar ao poder civil democrático.Assunto - Nome comum: 793Tipo de documento | Biblioteca actual | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras |
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Livro | PM CAS/CON (Ver prateleira(Abre abaixo)) | Disponível | 100000036307 |
Criado na sequencia do 11 de Março de 1975, o conselho da Revolução foi um órgão de soberania que desempenhou um papel central na transição revolucionária e, mais tarde, na transição constitucional.
Dispondo de amplos poderes (constituintes, militares, fiscalizadores e de aconselhamento do presidente da República), o Conselho da Revolução representou um considerável reforço do papel político do MFA e uma garantia da sua presença na estrutura constitucional revolucionária, assumindo-se como a cúpula do poder cívico-militar. O período de Março de 1975 a Abril de 1976 constitui a sua época áurea, ainda que a sua efetiva capacidade de direção não tenha sido constante.
Consagrado como órgão de soberania na Constituição de 19796, o Conselho continuará a deter vastos poderes no período de normalização democrática, garantindo aos militares uma voz ativa nos destinos do país. Como organismo não eleito democraticamente, resguardado por uma legitimidade revolucionária, o Conselho da Revolução é, na prática, a continuação do MFA e simboliza o papel deste no derrube da Ditadura. Contudo, desde cedo se verificaram legitimidades sancionadas constitucionalmente: a legitimidade revolucionária, dos militares; e a legitimidade democrática/leitoral, dos partidos.
Este livro descreve e analisa o papel do Conselho da Revolução desde a sua criação, em 1975, até à sua extinção, em 1982. Foram estes os anos que moldaram o regime e garantiram a consolidação da democracia em Portugal, quando finalmente se verificou a subordinação do poder militar ao poder civil democrático
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