Agradece o beijo : romance / Ana Zanatti
Publicação: Lisboa : Publicações Dom Quixote, 2005Descrição: 310, [2] p.ISBN: 9722028324.Resumo: Agora que tudo acabou, fecho os olhos e vejo os meus mortos no seu voo tranquilo sobre a cabeça dos prédios da cidade. Invade-me um cheiro a flores e a terra molhada. Olho à minha volta e pergunto-me que memórias despertará este cheiro em cada um dos presentes... Que imagens estarão a desfilar dentro das suas cabeças? Na minha, espreita de novo a criança que trago cá dentro, frágil, insegura, sonhadora, voando direita à ilha dos Morangos para trazer à mãe as folhas da Árvores dos Sorrisos. Sim, que todos transportamos numa cavidade recôndita uma criança silenciada mas viva, à espera de se fazer ouvir, ainda que seja só quando a velhice chegar. Essa criança não murcha, não perde cor nem memória, não cria rugas nem perde a folha, por muito que a queiramos esconder e ignorar. Um dia, há sempre um dia, ela amarinha por nós e vem perguntar: lembras-te, lembras-te?.Assunto - Nome comum: Literatura PortuguesaTipo de documento | Biblioteca actual | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras |
---|---|---|---|---|---|
Livro | LP ZAN/AGR (Ver prateleira(Abre abaixo)) | Disponível | 100000033340 |
Agora que tudo acabou, fecho os olhos e vejo os meus mortos no seu voo tranquilo sobre a cabeça dos prédios da cidade.
Invade-me um cheiro a flores e a terra molhada. Olho à minha volta e pergunto-me que memórias despertará este cheiro em cada um dos presentes... Que imagens estarão a desfilar dentro das suas cabeças?
Na minha, espreita de novo a criança que trago cá dentro, frágil, insegura, sonhadora, voando direita à ilha dos Morangos para trazer à mãe as folhas da Árvores dos Sorrisos.
Sim, que todos transportamos numa cavidade recôndita uma criança silenciada mas viva, à espera de se fazer ouvir, ainda que seja só quando a velhice chegar. Essa criança não murcha, não perde cor nem memória, não cria rugas nem perde a folha, por muito que a queiramos esconder e ignorar.
Um dia, há sempre um dia, ela amarinha por nós e vem perguntar: lembras-te, lembras-te?
Não há comentários disponíveis sobre este título.