As nuvens / Aristófanes ; trad. Custódio Magueijo
Menção da edição: 2ª ed.Publicação: [Lisboa] : Inquérito, [1991]Descrição: 131 p.Coleção: Clássicos Inquérito, 12Resumo: As Nuvens é uma peça teatral do grande autor grego Aristófanes. Escrita por volta do século V a.C, a obra busca satirizar e atacar os sofistas que ocupavam a Ágora ateniense com suas discussões puramente retóricas, relativistas e sem fim prático, uma discussão pela discussão. Aristófanes escolhe — por mais irônico que pareça a contradição— o filósofo Sócrates como o representante desse grupo e usa-o como espantalho para atacar os sofistas. A peça se inicia com Estrepsíades, o personagem principal, passando a noite em claro devido a preocupação com as dívidas que havia contraído e que logo seriam cobradas ante um tribunal. Ao lado, dorme seu filho Fidípides, responsável por grande parte das dívidas que foram feitas para bancar sua diversão em corridas de cavalo. O foco volta para Estrepsíades que tem ideia genial de mandar o filho para estudar com Sócrates a arte da retórica, e assim conseguir convencer seus credores, por meio de argumentos, que estavam errados em cobrar a dívida. Fidípides acorda, o pai comenta isso com ele e sua resposta é não. Estrepsíades decide então ir ele mesmo ter com Sócrates para aprender a arte sofista e conseguir acabar com suas dívidas. Ele se dirige à casa de Sócrates, chegando lá um aluno o recepciona e o leva até o filósofo. Sócrates é encontrado pendurado num cesto preso ao teto, pelo qual contempla o céu e reflete sobre diversos temas (aqui têm-se uma crítica do autor em relação aos filósofos que eram vistos como pessoas distantes que divagavam sobre coisas sem sentido). Sócrates é chamada e desce do suporte para falar com o visitante. Estrepsíades explica sua situação e pede ajuda para que consiga aprender a arte retórica. Sócrates propõe um teste para ter noção do conhecimento do homem e pensar se poderia fazer algo por ele. As Nuvens, enquanto ocorrem essas partes, aconselham Sócrates e servem para guiar a emoção da plateia. Após o teste Sócrates concluí que Estrepsíades é burro e que não há como ensiná-lo a argumentar. O homem fica desolado e suplica ao sofista que tente lhe ensinar para ele ver se aprende. Sócrates aceita e começa a fazer perguntas ao homem (Sócrates era conhecido como o homem que fazia pergunta à todos). A medida que Estrepsíades responde, Sócrates vai corrigindo-o. As perguntas são maioritariamente a respeito dos deuses, e Sócrates convence Estrepsíades que os deuses mitológicos gregos são falsos, e ensina que o verdadeiros e novos deuses são lógicos e da exemplos como: o turbilhão, as nuvens, etc. Após passar esses conhecimentos, Sócrates nota que o homem entende tudo de maneira errada e confusa, então manda-o de volta para casa, pois seu caso não tinha solução. Estrepsíades retorna decepcionado e decide tentar sua última chance, mandar o filho para estudar com Sócrates para que aprenda a discutir e para livrar o pai das dívidas. E após muita discussão, o rapaz é convencido pelo pai que o leva à Sócrates. Chegando, Sócrates pergunta ao pai se ele queria que o filho aprendesse o Argumento Melhor (justo, baseado na tradição grega, fruto de um estudo árduo e que segue a lógica) ou o Argumento Pior (ardiloso, injusto, enganador, relativista, hedonitas, oportunista e que buscava apenas ganhar a argumentação), esses argumentos são explicados pelas nuvens. O pai escolhe o Argumento Pior, então Sócrates diz que o ensinará e que ele pode voltar dali tantos dias que o filho já estaria dominando o argumento. Passado o período previsto, Estrepsíades busca o filho e leva-o para casa. É nesse momento que ocorre a reviravolta. Fidípides chegando em casa discute sobre algo que queria, mas o pai lhe nega, então, xinga e bate no pai, dizendo ser ele um criminoso por tentar calotear seus credores. Estrepsídes tenta fugir e repreender o filho, mas agora o rapaz domina a arte da argumentação e rebate qualquer tentativa do pai de ir contra aquela ação, mas os argumentos relativistas conseguem justificar e legitimar a ação de Fidípedes. Após isso, Estrpsíades parte furioso para a casa de Sócrates, incendeia tudo, matando Sócrates e seus alunos queimados como uma vingança por terem ensinado um filho se voltar contra o pai..Assunto - Nome comum: Literatura Estrangeira | Literatura Grega (helénica)Tipo de documento | Biblioteca actual | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras |
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Livro | LE ARI/NUV (Ver prateleira(Abre abaixo)) | Disponível | 100000007407 |
Edição bilíngue, português e grego clássico
As Nuvens é uma peça teatral do grande autor grego Aristófanes. Escrita por volta do século V a.C, a obra busca satirizar e atacar os sofistas que ocupavam a Ágora ateniense com suas discussões puramente retóricas, relativistas e sem fim prático, uma discussão pela discussão. Aristófanes escolhe — por mais irônico que pareça a contradição— o filósofo Sócrates como o representante desse grupo e usa-o como espantalho para atacar os sofistas. A peça se inicia com Estrepsíades, o personagem principal, passando a noite em claro devido a preocupação com as dívidas que havia contraído e que logo seriam cobradas ante um tribunal. Ao lado, dorme seu filho Fidípides, responsável por grande parte das dívidas que foram feitas para bancar sua diversão em corridas de cavalo. O foco volta para Estrepsíades que tem ideia genial de mandar o filho para estudar com Sócrates a arte da retórica, e assim conseguir convencer seus credores, por meio de argumentos, que estavam errados em cobrar a dívida. Fidípides acorda, o pai comenta isso com ele e sua resposta é não. Estrepsíades decide então ir ele mesmo ter com Sócrates para aprender a arte sofista e conseguir acabar com suas dívidas. Ele se dirige à casa de Sócrates, chegando lá um aluno o recepciona e o leva até o filósofo. Sócrates é encontrado pendurado num cesto preso ao teto, pelo qual contempla o céu e reflete sobre diversos temas (aqui têm-se uma crítica do autor em relação aos filósofos que eram vistos como pessoas distantes que divagavam sobre coisas sem sentido). Sócrates é chamada e desce do suporte para falar com o visitante. Estrepsíades explica sua situação e pede ajuda para que consiga aprender a arte retórica. Sócrates propõe um teste para ter noção do conhecimento do homem e pensar se poderia fazer algo por ele. As Nuvens, enquanto ocorrem essas partes, aconselham Sócrates e servem para guiar a emoção da plateia. Após o teste Sócrates concluí que Estrepsíades é burro e que não há como ensiná-lo a argumentar. O homem fica desolado e suplica ao sofista que tente lhe ensinar para ele ver se aprende. Sócrates aceita e começa a fazer perguntas ao homem (Sócrates era conhecido como o homem que fazia pergunta à todos). A medida que Estrepsíades responde, Sócrates vai corrigindo-o. As perguntas são maioritariamente a respeito dos deuses, e Sócrates convence Estrepsíades que os deuses mitológicos gregos são falsos, e ensina que o verdadeiros e novos deuses são lógicos e da exemplos como: o turbilhão, as nuvens, etc. Após passar esses conhecimentos, Sócrates nota que o homem entende tudo de maneira errada e confusa, então manda-o de volta para casa, pois seu caso não tinha solução. Estrepsíades retorna decepcionado e decide tentar sua última chance, mandar o filho para estudar com Sócrates para que aprenda a discutir e para livrar o pai das dívidas. E após muita discussão, o rapaz é convencido pelo pai que o leva à Sócrates. Chegando, Sócrates pergunta ao pai se ele queria que o filho aprendesse o Argumento Melhor (justo, baseado na tradição grega, fruto de um estudo árduo e que segue a lógica) ou o Argumento Pior (ardiloso, injusto, enganador, relativista, hedonitas, oportunista e que buscava apenas ganhar a argumentação), esses argumentos são explicados pelas nuvens. O pai escolhe o Argumento Pior, então Sócrates diz que o ensinará e que ele pode voltar dali tantos dias que o filho já estaria dominando o argumento. Passado o período previsto, Estrepsíades busca o filho e leva-o para casa. É nesse momento que ocorre a reviravolta. Fidípides chegando em casa discute sobre algo que queria, mas o pai lhe nega, então, xinga e bate no pai, dizendo ser ele um criminoso por tentar calotear seus credores. Estrepsídes tenta fugir e repreender o filho, mas agora o rapaz domina a arte da argumentação e rebate qualquer tentativa do pai de ir contra aquela ação, mas os argumentos relativistas conseguem justificar e legitimar a ação de Fidípedes. Após isso, Estrpsíades parte furioso para a casa de Sócrates, incendeia tudo, matando Sócrates e seus alunos queimados como uma vingança por terem ensinado um filho se voltar contra o pai.
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