História do lince / Claude Lévi-Strauss ; trad. Rosa Maria Perez
Publicação: Porto : Asa, 1992Descrição: 302, [1] p., [4] p. il. : il.ISBN: 9724110656.Coleção: SinaisResumo: A comparação entre mitos, uns provenientes da América do Norte, outros recolhidos desde o século XVI no sul do Brasil e no Peru, faz aparecer através dos tempos e dos lugares o que poderíamos chamar uma constante do pensamento ameríndio: a sua própria existência implicava também a dos não-índios. Bem antes da descoberta do Novo Mundo, o lugar dos brancos estava já em aberto no seu sistema. Eles estavam pois prontos a acolhê-los. Somos assim conduzidos até às raízes filosóficas e éticas do dualismo ameríndio, o qual tira a sua inspiração de uma abertura ao outro que se manifestou desde os primeiros contactos com os brancos, apesar de estes estarem animados de disposições bem diferentes. Reconhecê-lo quando celebramos o Quinto Centenário daquilo que, mais que descoberta, foi invasão do Novo Mundo, destruição dos seus povos e valores, é cumprir um acto de contrição obrigatório e doloroso. História do Lince fica como a obra-prima e o testamento filosófico do maior antropólogo do nosso tempo.Assunto - Nome comum: Literatura EstrangeiraTipo de documento | Biblioteca actual | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras |
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Livro | LE LEV/HIS (Ver prateleira(Abre abaixo)) | Disponível | 100000000432 |
Tít. orig. : Histoire de lynx
A comparação entre mitos, uns provenientes da América do Norte, outros recolhidos desde o século XVI no sul do Brasil e no Peru, faz aparecer através dos tempos e dos lugares o que poderíamos chamar uma constante do pensamento ameríndio: a sua própria existência implicava também a dos não-índios. Bem antes da descoberta do Novo Mundo, o lugar dos brancos estava já em aberto no seu sistema. Eles estavam pois prontos a acolhê-los. Somos assim conduzidos até às raízes filosóficas e éticas do dualismo ameríndio, o qual tira a sua inspiração de uma abertura ao outro que se manifestou desde os primeiros contactos com os brancos, apesar de estes estarem animados de disposições bem diferentes.
Reconhecê-lo quando celebramos o Quinto Centenário daquilo que, mais que descoberta, foi invasão do Novo Mundo, destruição dos seus povos e valores, é cumprir um acto de contrição obrigatório e doloroso.
História do Lince fica como a obra-prima e o testamento filosófico do maior antropólogo do nosso tempo
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