Deitada no meio da estrada deserta, numa madrugada de Novembro, junto ao táxi em que acabou de ter um acidente, uma mulher relembra os últimos meses que viveu – desde o momento do equívoco inicial que a levou ao Sítio de S. Vicente, lugar remoto onde encontrou, num degradado casarão repleto de preciosidades, um velho arquiteto sem memória e uma criança selvagem. Funestamente apaixonada pelo filho da Casa, que constantemente abandona quer o pai quer a criança, também ela acabará por fugir, precipitando-se assim para o conhecimento do que sempre fora visível e ela não soubera compreender. Na sua experiencia própria e no encontro com o diário de um antepassado dessa família de arquitectos, é toda a utopia da educação que fica sujeita a irrisão do tempo. Refazendo a tradição gótica, Educação para a Tristeza é um romance do seu género, negro, cómico e burlesco