A casa da sorte / Ana Filomena Amaral
Publicação: Coimbra : Pé de página editores, 2004Descrição: 151 p.ISBN: 9789728459901.Resumo: Desenrosco-me lentamente e vislumbro a silhueta dum edifício. Será de pedra, de madeira, de cimento, de jade, de cristal, de vidro, de flores, de gelo, ou será de terra, de história, de memória, de sonho, de alma, de matéria viva, pulsante, quente, unicelularmente esponjosa. Estava, sem querer, a ser levada pelos caminho turtuosos e veementes do delírio. Se pudesse dizer o que me vai na alma sem que ela me saltasse para fora, feliz demais por ver-se livre dos saiotes da consciência. Se pudesse ser poeta, sem que para isso a anormalidade e a solidão turvassem o meu copo obrigatório de absinto num café qualquer, dum mais qualquer quartier. Se pudesse dizer eu, sem estorvos ou remorsos, eu vou construir a casa da minha história, sem receio que me julguem seja o que for. é tão bom dizer eu, despida. Aqui para vós, eu e a minha casa da sorte. À arte de viver!.Assunto - Nome comum: Literatura PortuguesaTipo de documento | Biblioteca actual | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras |
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Livro | LP AMA/CAS (Ver prateleira(Abre abaixo)) | Disponível | 100000033489 |
Desenrosco-me lentamente e vislumbro a silhueta dum edifício. Será de pedra, de madeira, de cimento, de jade, de cristal, de vidro, de flores, de gelo, ou será de terra, de história, de memória, de sonho, de alma, de matéria viva, pulsante, quente, unicelularmente esponjosa.
Estava, sem querer, a ser levada pelos caminho turtuosos e veementes do delírio. Se pudesse dizer o que me vai na alma sem que ela me saltasse para fora, feliz demais por ver-se livre dos saiotes da consciência. Se pudesse ser poeta, sem que para isso a anormalidade e a solidão turvassem o meu copo obrigatório de absinto num café qualquer, dum mais qualquer quartier. Se pudesse dizer eu, sem estorvos ou remorsos, eu vou construir a casa da minha história, sem receio que me julguem seja o que for. é tão bom dizer eu, despida. Aqui para vós, eu e a minha casa da sorte. À arte de viver!
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