Um olhar mil abismos / Maria Teresa Loureiro
Publicação: Lisboa : Editorial Presença, 2000Descrição: 125 p.Coleção: Grandes Narrativas, 122Resumo: Ela nunca havia reparado no Café. Como terá sido possível? Tão perto da Faculdade… Mas agora tinha transposto a entrada, e todos os seus poros se sobressaltaram com a magia inebriante e rara que se desprendia daquele lugar; subitamente, a luz refractara-se e comunicava aos objectos uma beleza rarefeita. Sentiu a atmosfera impregnada de um mistério onírico quase insondável, perturbador; invadiu-a um desejo imperioso, concupiscente, de o desvendar. Que lugar era aquele? Outro tempo? Uma outra dimensão? Começou a observar os ocupantes das outras mesas, numa dança surrealista de olhares que se cruzam, prendem, trespassam. Abissais. Não compreendia a sua telepatia involuntária, essa capacidade de devassar, impune, o espaço sagrado de tantas intimidades. Não desejara aquilo, e, no entanto, não sabia resistir-lhe. Obcecados, os seus passos dirigiam-se, dia após dia, para o Café, para aquele espaço onde, sabia, poderia encontrar-se ou perder-se, irremediavelmente. Penetrara no outro lado ad vida, das vidas de todas aquelas personagens que lhe invadiam a alma com o peso quase insustentável com que o destino as fulminara. Soçobraria? De alguma forma essa deixara já de ser a questão principal. Um admirável primeiro romance, profundo e misterioso, que introduz o nome de Maria Teresa Loureiro no universo das letras portuguesas.Assunto - Nome comum: Literatura PortuguesaTipo de documento | Biblioteca actual | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras |
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Livro | Biblioteca Municipal de Vendas Novas | LP LOU/OLH (Ver prateleira(Abre abaixo)) | Disponível | 100000025659 |
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LP LOU/BEI À beira do mundo | LP LOU/CUR O curso das estrelas | LP LOU/DEG Os degraus do Parnaso | LP LOU/OLH Um olhar mil abismos | LP LOU/PRI No princípio era um traço | LP LOU/QUA Um quarto com cidades ao fundo | LP LOU/REG No regresso vinham todos |
Ela nunca havia reparado no Café. Como terá sido possível? Tão perto da Faculdade… Mas agora tinha transposto a entrada, e todos os seus poros se sobressaltaram com a magia inebriante e rara que se desprendia daquele lugar; subitamente, a luz refractara-se e comunicava aos objectos uma beleza rarefeita.
Sentiu a atmosfera impregnada de um mistério onírico quase insondável, perturbador; invadiu-a um desejo imperioso, concupiscente, de o desvendar. Que lugar era aquele? Outro tempo? Uma outra dimensão? Começou a observar os ocupantes das outras mesas, numa dança surrealista de olhares que se cruzam, prendem, trespassam. Abissais. Não compreendia a sua telepatia involuntária, essa capacidade de devassar, impune, o espaço sagrado de tantas intimidades. Não desejara aquilo, e, no entanto, não sabia resistir-lhe. Obcecados, os seus passos dirigiam-se, dia após dia, para o Café, para aquele espaço onde, sabia, poderia encontrar-se ou perder-se, irremediavelmente.
Penetrara no outro lado ad vida, das vidas de todas aquelas personagens que lhe invadiam a alma com o peso quase insustentável com que o destino as fulminara. Soçobraria? De alguma forma essa deixara já de ser a questão principal.
Um admirável primeiro romance, profundo e misterioso, que introduz o nome de Maria Teresa Loureiro no universo das letras portuguesas
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