Em Dois Urubus Pregados no Céu cruzam-se personagens, ambientes, lugares e odores diversos, numa história tensa sobre a morte e o seu espectro. O envenenamento de um cientista permite lançar um olhar sobre o âmago da comunidade cientifica, as intrigas, rivalidades, subterfúgios, expedientes que gravitam em torno das carreiras académicas, dos bolseiros e investigadores universitários. Deslindar o desaparecimento de uma bela e provocante pintora vai transformar-se numa paixão doentia por uma mulher que poderá não existir. O detective portuense Mário França, de escritório posto no Muro dos Bacalhoeiros, se encarregará de esbulhar os mistérios, acolitado pelos seus estranhos ajudantes de campo. O caso do cientista morto e da pintora desaparecida é uma estranha história de amor, paixão, intriga e morte, onde se misturam as névoas do Porto com a magia de Salvador da Baía, os contrastes do Rio de Janeiro, a imensidão selvagem do Nordeste Brasileiro. A incerteza da vida ou da morte paira como a sombra indecisa de Dois Urubus Pregado no Céu, crucifixos negros de mau agoiro sobrevoando a história